domingo

Instrumento de Paz....

Quando te sintas aborrecido perante a presença de teu irmão desequilibrado, lembra das bênçãos de simpatia que recebes através da caridade que o Pai te confia. Não fosse o perdão incondicional que te envia, aproveitando-te como instrumento de paz, estaria nas mesmas condições que o irmão que rejeitas.
Ajuda-o com teu pensamento de amor. Pensa, que como ti, centenas de criaturas lhe enviam vibrações de desprezo e antipatia, de indiferença ou de revolta, afastando-o cada vez mais do convívio fraterno que precisa para erguer-se a um mundo melhor.
Negativismo nos outros, em forma de desequilíbrio, reclama muito amor em nós, a fim de que não sintamos nossa queda.
Toda falta de teu irmão, aparecendo aos teus olhos, é exame ao teu encontro para testar teu estado. Examina, pois, meu irmão, como teu cérebro pensa e como teu coração sente, quando o erro de teu próximo te suplique amparo e proteção. Lembra os que, renunciando a teu favor, lutaram e sofreram para colocar-te no pedestal em que te encontras, e que hoje, esperam de ti, em forma de gratidão ao pai, lutes e sofras em favor de teu próximo desamparado.
Amanhã, quando a luta tenha feito de ti, um instrumento de paz, em qualquer parte, tempo ou circunstancia, em nome do Senhor, sentirás, que, o maior pagamento daqueles que ajudastes a crescer, será sempre o produto das suas obras para o bem comum.
Exemplifica, meu filho, tudo quanto aprendes e aprendestes. Que ninguém tenha do que se envergonhar do que fazes, produto do que pensas, falas e sentes em nome do Senhor!
17/04/1969 Bezerra de Menezes
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Orfãos......


Órfãos há de espécie sem fim.

Encontramo-los em toda a parte, em todas as crenças e raças.

Há órfãos de todas as idades. Adultos e crianças, velhos e moços. Nem sempre a orfandade, é expressa no mesmo sentido. Há quem pense que é apenas órfão, a criança abandonada, ou, a que perdeu os pais na infância.

Certamente; são órfãos aos olhos do mundo ignorante, porquê, na realidade, quase sempre, recolhidos e amparados pelas casas assistenciais, não se sentem em grau máximo, a falta dos entes queridos em forma de pais. Apoiados uns aos outros, pela mesma dor, cultivam em seus corações, o efeito sincero que o lar lhes tirou.

Porém, quando falamos de órfãos, não podemos esquecer que, os maiores órfãos de pai e mãe, são aqueles, que, tendo os protetores vivos dentro do mesmo lar, não lhes recebem o calor do carinho através do esclarecimento e do amor. São criaturas, órfãs de amparo fraternal, relegadas ao próprio abandono, entregues as tempestades da vida sem orientação certa...

Há, os talentos dos intelectos, órfãos de fé, sentindo o vazio em seus corações na hora atribulada da dor.

Os que, conquistaram títulos de santidade em nome da ignorância que lhes aceitou as dissertações evangélicas, mas que, por ausência da caridade nas suas obras, vivem clamando ao Pai misericórdia e perdão na hora do desencarne...

Órfãos, somos todos nós, quando nos afastamos do Criador! Poderemos sentir perto de nós, a presença de amigos que nos amparem e sustentem, mas, se nada fizermos em beneficio dos outros esquecendo-nos de nós mesmos, seremos eternos mendigos de luz entregues a solidão e ao abandono.

23/04/1969 Bezerra de Menezes

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